Bullying: uma
proposta pedagógica
Segue uma relação de filmes que
podem ser utilizados na escola, com a finalidade de se discutir as questões
voltadas para a violência no espaço escolar e as diferenças culturais e
sociais.
·
Assista
ao filme antes e veja as possibilidades de adaptação ao currículo e a proposta
de trabalho que você deseja realizar.
·
Elabore
questões antes de passar o filme, para que os alunos já assistam ao filme com
um olhar direcionado.
·
Planeje
possíveis pausas durante a exibição para fazer comentários e focar a atenção
nas questões que você deseja trabalhar.
·
Assista
ao filme várias vezes antes de passar para a classe, buscando detalhes, cenas,
diálogos que servirão para uma discussão e um debate no final da exibição.
·
É
fundamental, observar a indicação da faixa etária.
·
Pare
o filme e solicite que os alunos elaborem uma redação/discussão/debate sobre
qual será a atitude do personagem em uma determinada cena. Depois Volte para o
filme. É uma boa atividade para se trabalhar valores e crenças e como cada um
de nós reagimos ou reagiríamos em determinadas situações.
1-Como Estrelas na Terra - Toda
Criança é Especial
2-Um Grande Garoto - Will Freeman (Hugh
Grant) é um homem na faixa dos trinta anos metido a galã que inventa ter um
filho apenas para poder ir às reuniões de pais solteiros, onde tem a
oportunidade de conhecer mães também solteiras. Will sempre segue a mesma
tática: vive com elas um rápido romance e quando elas começam a falar em
compromisso ele acaba o namoro. Até que, em um de seus relacionamentos, Will
conhece o jovem Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 12 anos que é
completamente o seu oposto e tem muitos problemas em casa e na escola. Com o
tempo Will e Marcus se envolvem cada vez mais, aprendendo que um pode ensinar
muito ao outro.
3-Bang Bang Você Morreu - Jovens podem ser
mais cruéis que todos. Naturalmente cruéis.” As Palavras de Trevor Adams, que
já foi estudante exemplar, refletem suas experiências no colégio. Ele era
vítima de tão traumatizante perseguição que ameaçou destruir o time de futebol
da escola. Mas a salvação veio através do Sr. Duncan (Tom Cavanagh, astro da
série de TV “Ed”), o professor de teatro, que ofereceu a Trevor o papel
principal de sua peça, ao lado da bela Jenny Dahlquist. O Professor e a garota
tentam ajudá-lo a manter-se na linha. Mas há um risco: o sombrio enredo sobre
assassinos em um playground, combinado com o passado problemático de Trevor,
faz com que os pais tentem vetar a peça. Se eles conseguirem é possível que a
voz de Trevor jamais seja ouvida e isso pode detonar uma bomba-relógio humana.
4-Mary e Max – Uma Amizade Diferente - Uma história de
amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni
Collette), uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos
subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz (voz de Philip Seymour Hoffman), um
homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de
Nova York. Alcançando 20 anos e dois continentes, a amizade de Mary e Max
sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que
explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a
cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito
mais.
5-Elefante - O filme narra o
ataque que dois estudantes fizeram a uma escola secundária do Oregon, matando
dezenas de alunos, com um arsenal de armas automáticas. A questão do bullying é
tratada como um detalhe pequeno, mas está lá. concentra-se no ato final, de
vingança fria e desapaixonada. O título refere-se à facilidade de ignorar um
'elefante' simbólico na sala, apesar do seu tamanho, mas que está sempre
prestes a se mover.
6-Evil, Raízes do Mal - Um rapaz atormentado
de 16 anos, tratado com violência pelo padrasto, também trata seus colegas de
escola com violência e acaba expulso da escola pública. é mandado a uma
prestigiada escola privada, onde sabe que terá uma última oportunidade de
regeneração. lá chegando tem que se confrontar com os códigos e humilhações dos
estudantes veteranos, arriscando sua expulsão ou submetendo-se. um olhar
diferente, neste filme sueco, que chegou a ser indicado ao Oscar de filme
estrangeiro em 2004.
7-Bully - Nick Stahl -
excelente - é o riquinho valentão, que vive abusando fisicamente dos colegas.
até que seu melhor amigo - o já falecido Brad Renfro - decide vingar-se dele
junto com a namorada, atraindo-o para o pântano e espancando-o até a morte.
alguns dos garotos tentam tomar o lugar dele, enquanto a comunidade se divide
entre condenar e reconhecer que ele teve o que merecia. o diretor Larry Clark
especializou-se em retratar o ócio e a banalidade da violência na juventude
americana. um filme chocante.
8- Deixe Ela Entrar - Um
garoto frágil de 12 anos é constantemente abusado pelos colegas e sonha com uma
vingança. Quando ele conhece sua vizinha, uma vampira que aparenta ter a sua
idade, com quem irá envolver-se e que vai defendê-la dos ataques.
9-Entre os Muros da Escola - (França 2008 - Palma
de Ouro em Cannes, este drama mostra bem o choque de culturas que se formou na
França, a partir dos conflitos entre alunos e também um professor bem
intencionado. brilhante)
10-Pro Dia Nascer Feliz - Documentário que
mostra diferentes realidades de estudantes de classes sociais distintas de três
estados do Brasil. um filme bem feito e oportuno sobre o tema.
11-Sempre Amigos - Maxwell Kane (Elden Henson) é um garoto de 14 anos que tem
dificuldades de aprendizado e vive com seus avós desde que testemunhou o
assassinato de sua mãe, morta pelo marido. Quando Kevin Dillon (Kieran Culkin),
um garoto que sofre de uma doença que o impede de se locomover, se muda para a
vizinhança eles logo se tornam grandes amigos. Juntos vivem grandes aventuras,
enfrentando o preconceito das pessoas à sua volta. Título
original:
Duração: 100 minutos (1 hora e 40 minutos) / Gênero: Drama
Direção: Peter Chelsom / Ano:
1998 / País de origem: EUA
12-O Galinho Chicken Little - Na cidade de Oakey
Oaks, Chicken Little toca o sinal do colégio e manda que todos "corram por
suas vidas"!. Toda a cidade fica em pânico. Por fim, todos se acalmam para
perguntar ao galinho o que há de errado. Ele sofre Bullying na Escola.
13- Sonho de Gelo - Ela é diferente e ser
diferente é um tema comum em filmes da Disney sobre bullying. Ela aprende a
tratar os amigos, se divertir e viver para o momento. Apesar do desejo de ser
uma patinadora famosa, Casey Carlyle não passa de uma garota inteligente e de
poucos amigos, com uma mãe obcecada pela ideia de ver sua filha em uma grande
universidade. Mas quando ela usa sua cabeça e segue seu coração, de repente se
vê transformada como nunca sonhou.
14. Alem da Sala de Aula : Aos 24 anos, uma jovem professora, mãe de dois
filhos e recém formada, acaba ensinando crianças de rua em uma sala de aula
improvisada num abrigo. Com o apoio de seu marido, ela vence os medos e os
preconceitos para dar a estas crianças a educação que merecem. Fonte: Filmes
com Legenda Baseado em fatos reais um filme tocante que sem dúvida vale a pena
ver!! Elenco:
Emily VanCamp, Steve Talley, Timothy Busfield, Julio Oscar Mechoso, Nicki
Aycox, Kiersten Warren e Treat Williams. Gênero: Drama, Romance, Fatos Reais.
15. Escritores da Liberdade: Nas páginas de diários de alunos
que vivem em meio ao caos urbano por causa da discriminação racial e
pré-conceitos, uma professora idealista, Erin Gruwell (Hilary Swank) tenta
mudar o ambiente na sala de aula, não ensinando somente o conteúdo de uma
matéria específica, mas também tenta lecionar lições de vida a seus alunos, que
aprendem com ela, como ser cidadão. Mas para concretizar seus planos, terá que
revolucionar o ambiente escolar, e para isso, terá que passar por cima da
burocrática e conservadora diretora da escola, Margaret Campbell (Imelda
Staunton) e abrir mão de sua vida pessoal para com seu marido Scott Casey
(Patrick Dempsey).
16. O Primeiro da Classe:
Em O Primeiro Da Classe desde a infância, Brad foi humilhado na escola por
alunos e também por sua professora por ter Tourette; também não teve a
aceitação do pai, que dizia igual a sua professora, que ele podia controlar
todos os movimentos involuntários causados pela Tourette. Uma amiga da família
até sugeriu que ele fosse exorcizado. Os médicos nada sabiam sobre a sua
doença, até que sua mãe resolveu pesquisar e descobriu que ele sofria de
Síndrome de Tourette e passou a ajudá-lo. Já adulto, Brad tentou arrumar
emprego em 25 escolas: 24 o recusaram por ter essa doença, apenas uma o
aceitou; esta mesma se adaptou a ele: o diretor junto com os professores lhe
reservaram uma sala e uma turma de crianças do segundo ano para ele dar aula.
Embora na sua turma estivesse incluído um aluno um pouco problemático chamado
Thomas, as coisas iam, a princípio, bem. Mas o pai de uma garotinha que fazia
parte de sua turma, resolveu tirar a filha da turma de Brad, por causa do
preconceito contra a sua Tourette. Ele conheceu pela web uma moça chamada Nancy
Lazarus, com quem se casou em 2006, que tinha quase todos os mesmos gostos que
ele. Depois recebeu a aceitação do pai, que sabendo por ele que não haviam
estantes novas na biblioteca da escola, construiu-as e as mandou para a escola.
17. Professora Sem Classe: Elizabeth Halsey (Cameron Diaz)
trabalha como professora, mas não vê a hora de deixar a função. Seus planos vão
por água abaixo quando seu noivo termina o relacionamento, acusando-a de gastar
demais. Como resultado, ela é obrigada a voltar à escola em que trabalhava para
um novo ano letivo. Elizabeth não está interessada em ensinar os alunos e pouco
se importa com as tentativas de integrar os professores capitaneada pelo
diretor Wally (John Michael Higgins) e a professora Amy (Lucy Punch). Ela sonha
em encontrar um homem que a sustente e, para tanto, decide fazer uma operação
para aumentar os seios, por acreditar que, desta forma, será mais atraente. Sem
dinheiro, ela começa a dar pequenos golpes envolvendo alunos e professores,
para que possa atingir sua meta.
18. Uma Professora muito maluquinha: Catharina (Paola Oliveira)
foi enviada à cidade grande para estudar, quando era criança. Hoje, aos 18
anos, retornou à sua cidade natal e passou a lecionar em uma escola primária. O
único problema é que sua chegada começa logo a provocar certos rebuliços na
cidade porque seu comportamento totalmente diferente do tradicional, pessoal e
profissionalmente falando, começa a incomodar as pessoas. Mas a cidade também
recebe o padre Beto (Joaquim Lopes), discípulo de Monsenhor Félix (Chico
Anysio), que também retorna e acaba sendo procurado pelas tradicionais
professoras que querem derrubar a querida professorinha que conquistou o
coração de sua turma com seus métodos não convencionais de ensino. Sem contar
que ele desperta atração nos homens da cidade, como Mário (Max Fercondini)
Carlito (Cadu Fávero) e Pedro Poeta (odrigo Pandolfo). Pressionada, Amanda
encontra-se dividida entre a paixão pelo ensino e o amor proibido, que aflora
em seu coração e fica cada vez mais forte.
19. Ao Mestre com carinho:
Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados, neste filme Clássico que
refletiu alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Sidney
Poitier tem uma de suas melhores atuações como Mark Thackeray, um engenheiro
desempregado que resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End.
A classe, liderada por Denham (Christian Roberts) Pamela (Judy Geeson) e
Barbara (Lulu, que também canta a canção título) estão determinados a destruir
Thackeray como fizeram com seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas
Thackeray acostumado à hostilidade enfrenta o desafio tratando os alunos como
jovens adultos que breve estarão se sustentando por conta própria. Quando
recebe um convite para voltar a engenharia, Thackeray deve decidir se pretende
continuar.
20. Ao mestre com carinho 2: Depois de lecionar durante 30 anos
em Londres, Mark Thackeray (Sidney Poitier) se aposenta e volta para Chicago.
Lá, o desafio de ensinar garotos em uma escola pequena mostra que ele não deve
abrir mão de sua profissão.
21. Meu mestre , minha vida: Em Nova Jersey, uma escola com
sérios problemas de violência e tráfico de drogas. Usando métodos pouco
ortodoxos, algumas vezes violentos, ele transforma os alunos, inclusive
conseguindo que sejam aprovados no exame do final do ano realizado pelo governo
estadual. Arrogante e autoritário, o professor Joe Clark (Morgan Freeman) é
convidado por seu amigo Frank Napier (Robert Guiullaume) a assumir o cargo de diretor
na problemática escola em Paterson, New Jersey, de onde ele havia sido
demitido. Com seus métodos nada ortodoxos, Joe se propõe a fazer uma verdadeira
revolução no colégio marcado pelo consumo de drogas, disputas entre gangues e
considerado o pior da região. Com isso, ele ao mesmo tempo coleciona
admiradores e também muitos inimigos.
22. Desafiando Gigantes - Dos premiados produtores de
“Flywheel”, este é um drama-ação sobre um treinador de futebol de uma escola
secundária cristã que usa a sua fé eterna dele para combater os gigantes do
medo e do fracasso. Em seis anos de treinamento, Grant Taylor nunca conduziu
seu time, os Shiloh Eagles a uma temporada premiada. Depois de conviver com a
notícia de que ele e a sua esposa Brooke enfrentam infertilidade, Grant
descobre que um grupo de pais está tramando secretamente para despedi-lo como
treinador. Devastado pelas circunstâncias, ele clama a Deus em desespero.
Quando Grant recebe uma mensagem de uma visita inesperada, ele procura um
propósito mais forte para o seu time de futebol. Ele ousa desafiar os jogadores
para acreditar que Deus faz o impossível em campo. Quando enfrentam uma
incrível desvantagem, os Shiloh Eagles têm que passar pelo seu maior teste de
força e coragem. O que acontece é uma história dinâmica da briga entre fé e
medo. “Facing the Giants” é uma experiência poderosa para todos os
espectadores, inspirando para viver com fé, esperança e amor.
Que ele este filme não caia no esquecimento, mas que as lições e as motivações que recebemos dele sejam cultivadas em nossos corações.
Que ele este filme não caia no esquecimento, mas que as lições e as motivações que recebemos dele sejam cultivadas em nossos corações.
Escritores da Liberdade
Quem é você? E as pessoas com as
quais todo o dia interage? Com que profundidade conhece os seus colegas de
trabalho? Se atua em educação, quais são as informações que possui a respeito
de seus alunos? Normalmente temos apenas uma visão superficial e pouco clara da
maior parte dos relacionamentos que estabelecemos ao longo de nossas
existências. E será que estamos preocupados com isso?
Em se tratando de escolas, por exemplo, em muitos casos parece que o nosso único dever é o de ministrar aulas, passar conteúdos, preencher cadernetas, corrigir provas, cumprir cronogramas e planejamentos. O que não parece muito diferente daquilo que acontece em tantos outros setores produtivos da sociedade, sejam eles hospitais ou escritórios, fábricas ou lojas,...
Bater cartão, cumprir
responsabilidades variadas, entregar resultados e atingir metas. Viver dentro
de um sistema em que a meritocracia é o principal indicador de valor social nos
distancia cada vez mais uns dos outros e, aos poucos, vai minando (a ponto de
destruir em certos casos) a nossa humanidade. Devo esclarecer, dede já, que não
sou contrário à produtividade, ao ganho, ao crescimento profissional e ao
desenvolvimento econômico de pessoas, empresas e países.
No entanto creio que todos têm que
ponderar questões e situações do mundo real que afetam a coletividade e que
colocam barreiras e criam problemas a nossa existência. O debate sobre o
aquecimento global, por exemplo, é um caso mais do que premente e fundamental
para a existência de todas as formas de vida residentes nesse planeta. Da mesma
forma, enquanto não nos preocuparmos sinceramente uns com os outros, iniciando
essa ação a partir das pessoas que nos são mais próximas e presentes, como
podemos imaginar que as questões globais poderão ser resolvidas?
“Escritores da Liberdade”, filme do
diretor Richard LaGravenese, estrelado pela talentosa atriz Hillary Swank (duas
vezes premiada com o Oscar, pelos filmes “Menina de Ouro” e “Meninos não
choram”), baseado em história real, nos coloca em contato com uma experiência
das mais enriquecedoras e necessárias. Sua trama gira em torno da necessidade
de criarmos vínculos reais em sala de aula, conhecendo nossos alunos,
despertando para suas histórias de vida, entendendo o que os motiva a ser as
pessoas que são.
Emocionante relato de uma experiência
bem-sucedida que ainda está em desenvolvimento, “Escritores da Liberdade” tem
tudo para se tornar um novo libelo do cinema em prol da educação mais efetiva
(como “Sociedade dos Poetas Mortos” ou “A corrente do Bem”), onde se respeitam
alunos e professores e também em que as pessoas se percebem em suas
particularidades e se permitem construir, conjuntamente, como aliados, um
futuro melhor para todos. Imperdível!
Cansada do trabalho em empresas que
desenvolvia até aquele momento e desiludida quanto às possibilidades de
crescimento e realização pessoal naquele âmbito profissional, a jovem Erin
Gruwell (Hillary Swank) resolve mudar de ares e dedicar-se à educação. Assume
então uma turma de alunos problemáticos de uma escola que não está nem um pouco
disposta a investir ou mesmo acreditar naqueles garotos.
A pecha de turma difícil, pouco
afeita aos estudos e que vai à escola apenas para “cumprir tabela” se mostra,
no começo da relação entre a nova professora e os alunos, uma realidade. O
grupo, formado por jovens de diferentes origens étnicas (orientais, latinos e
negros), demonstra intolerância e resistência à interação, preferindo isolar-se
em guetos dentro da própria sala de aula.
A nova professora é vista por todos
como representante do domínio dos brancos nos Estados Unidos. Os estudantes a
entendem como responsável por fazer com que eles se sujeitem à dominação dos
valores dos brancos perpetrados nas escolas. Suas iniciativas para conseguir
quebrar essas barreiras aos relacionamentos dentro da sala de aula vão, uma a
uma, resultando em frustrações.
Apesar de aos poucos demonstrar
desânimo em relação às chances de êxito no trabalho com aquele grupo, Erin não
desiste de sua empreitada. Mesmo não contando com o apoio da direção da escola
e dos demais professores, ela acredita que há possibilidades reais de superar
as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso, cria um projeto de
leitura e escrita, iniciado com o livro O Diário de Anne Frank, em que os
alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas
vidas, relações, interações, idéias de mundo, leituras...
Ao criar um elo de contato com o
mundo, Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que lhes permite
se libertar de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Partindo do
exemplo de Anne Frank, menina judia alemã, branca como a professora, que sofreu
perseguições por parte dos nazistas até perder a vida durante a 2ª Guerra
Mundial, Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de
exclusão e preconceito podem afetar a todos, independentemente da cor da pele,
da origem étnica, da religião, do saldo bancário.
“Escritores da Liberdade” é uma
fabulosa história de vida que nos mostra como as palavras podem emancipar as
pessoas e de que forma a educação, a cultura e o conhecimento são as bases para
que um mundo melhor realmente aconteça e se efetive.
Desafiando Gigantes
Quem nunca teve que enfrentar grandes
desafios na vida? A diferença entre o vencedor e o perdedor pode estar em sua
fonte de apoio. Em seis anos como técnico de futebol americano de uma escola,
Grant Taylor não consegue levar seu time, o Shiloh Eagles, a uma temporada de
vitórias. Por isso, todos começam a vê-lo como um derrotado e a direção da
escola pensa em demiti-lo.
Em casa, as dificuldades também o
jogam mais para o fundo do poço. A esposa quer muito ter um filho e, depois de
alguns exames, o casal descobre que o problema está com ele. Como os
tratamentos de fertilidade são caros, a idéia do filho é deixada de lado.
Depois de tantos reveses, o pensamento de desistir de tudo lhe passa pela
cabeça. Até que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé. E
é na oração e na leitura da Bíblia que Taylor descobre a força da perseverança
para vencer.
Depois de descobrir que a Bíblia pode
ser a solução para sua vida, Taylor passa a usá-la no trabalho, contagiando os
jovens que treina e promovendo mudanças na vida deles também.
A direção é de Alex Kendrick (que
também é o ator principal) e a distribuidora é a Sony Pictures. Mesmo quem não
entende nada de futebol americano (ou ache o esporte muito violento, como é o
meu caso), pode se emocionar com essa produção que relaciona a fé em Deus às
lutas e situações do dia-a-dia.
Embora certas situações e o
desempenho dos atores deixem um pouco a desejar em alguns momentos, a produção
tem qualidade comparável à dos típicos filmes hollywoodianos. A trilha sonora
também ajuda bastante.
Dá para se promover boas discussões
sobre fé prática, estudo da Bíblia, oração e testemunho.
Chuck Noland (Tom Hanks) é um
inspetor da Federal Express (FedEx), multinacional encarregada de enviar cargas
e correspondências, que tem por função checar vários escritórios da empresa
pelo planeta. Porém, em uma de suas costumeiras viagens ocorre um acidente, que
o deixa preso em uma ilha completamente deserta por quatro anos. Com sua noiva
(Helen Hunt) e seus amigos imaginando que ele morrera no acidente, Chuck
precisa lutar para sobreviver, tanto fisicamente quanto emocionalmente, a fim
de que um dia consiga retornar à civilização.
Promessas de filho para pai,
persistência, honra e glória. Temas recorrentes na literatura e no cinema. De
tempos em tempos, porém, alguém requenta os velhos clichês de maneira
eficiente, já que uma lição de vida não faz mal a ninguém. Baseado na história
real de Carl Brashear, "Homens de Honra" (EUA, 2000) mostra o velho
embate entre o recruta e o oficial na Marinha, mas fica degraus acima de seus
similares, em boa parte graças às interpretações na medida de Robert DeNiro e
Cuba Gooding Jr.
Situada nos anos 40, a história
mostra as esperanças de Carl (Gooding), filho de um lavrador humilde, em ser
alguém na Marinha. Porém, ao chegar no navio, descobre que os negros são
recrutados somente para trabalhar na cozinha. Banhos de mar, para os oficiais
"de cor", somente às segundas-feiras. Eis que Carl, um belo dia, resolve
tomar banho fora do horário determinado e mostrar aos superiores seus dotes
como nadador. Após ser preso, consegue, com a ajuda do capitão Pullman (Powers
Boothe), uma vaga como marinheiro salva-vidas.
Seu sonho, porém, é ser mergulhador
da Marinha. Após dois anos de tentativas, consegue chegar à obscura escola de
mergulho, comandada por Leslie Sunday (DeNiro). Lá, seguem-se as cenas de
praxe, entre elas a que todos os outros recrutas deixam o alojamento no momento
em que Carl entra. Claro que sobra para ele um amigo, o tímido e gago Snowhill
(Michael Rapaport). Não há dúvida de que o filme mostra Carl como a pessoa mais
perfeita e determinada do mundo, além do melhor mergulhador que a Marinha
americana já teve...
Uma curiosidade no elenco é a
presença de Charlize Theron, uma das jovens atrizes de maior prestígio no
cinema atual. Charlize tem uma pequena participação, como a jovem esposa de
Robert DeNiro. Mas suas cenas não são lá essas coisas.
Nunca se sabe, em filmes baseados em
história real, o quanto há de verdade. Mas o preconceito não é atenuado pelo
diretor George Tillman Jr., que, aliás, também é negro. Este é o segundo filme
do cineasta, que estreou com o igualmente melodramático "Sempre aos Domingos",
que enfoca a tradição do almoço dominical de uma família afro-americana.
Apesar de "formulaico" e
longo demais, o roteiro acerta em cheio no desfecho, que, claro, ocorre em um
tribunal militar. Após perder uma perna em acidente, Carl é obrigado a andar
com uma roupa de mergulho com mais de 100 quilos para provar que ainda é capaz
de continuar na profissão. E você pensava que sua vida era um calvário...
Apesar de afirmarmos que respeitamos
as diferenças e não somos preconceituosos, a questão da discriminação e da
intolerância mútua é uma realidade em nosso mundo e em nosso país também.
Infelizmente, os discursos de igualdade não passam de mera falácia. É por isso
que o filme "Meu Nome é Rádio" (2003, direção de Michael Tollin) não
perde a atualidade e aborda a questão do preconceito em relação a pessoas
portadoras de necessidades especiais e que apresentam maneiras diferentes de
aprendizagem.
Além de uma bela atuação de Cuba
Gooding Jr, a trama expõe o lado discriminador de todos nós. A abordagem ocorre
em torno da incapacidade humana de compreender o seu próximo, respeitá-lo e
verdadeiramente apoiá-lo para que consiga ter uma convivência saudável com
aqueles que o rodeiam. Recheado de cenas emocionantes e sem a violência barata
e banal que permeia a maioria dos filmes cuja temática é o preconceito,
"Meu Nome é Rádio" é baseado em uma história real. Traz à tela a
história de personagens de "carne e osso" que viveram na pele as várias
faces do preconceito em uma sociedade que teima em se diferenciar e não em se
unir para crescer.
"Lutero" (Alemanha, 2003),
versão cinematográfica sobre a vida de Martinho Lutero, o grande reformador do
século XVI, é a produção de uma associação de cunho eclesiástico, Thrivent for
Luterans. Filmada em 2003, conta com a direção de Eric Till, experimentado
cineasta, e a participação de grande elenco de estrelas, dentre as quais se
destaca a lendária figura de Peter Ustinov, no papel de Frederico da Saxônia.
O filme em si, segundo o princípio
pedagógico que sustenta a idéia de que a aprendizagem pelo ouvir aumenta em
proporções maiores pelo ver, já é uma significativa contribuição ao
conhecimento histórico daquela fase do Cristianismo. Nesta resenha, não se
pretende estruturar uma crítica dos elementos e recursos da dramaturgia que
envolvem a encenação; mas destacar alguns aspectos históricos e teológicos, que
por divergência ou omissão, se prestam a tal finalidade.
** LUTERO DIVIDIU A IGREJA?
No filme, a figura de Lutero ressalta
na projeção de quase todas as cenas gravadas. Começa com a decisão de se tornar
monge, ao sofrer os efeitos aterradores de uma seqüência de raios a cair no
campo que ele atravessava. Seu martírio, nas cenas de auto-flagelação,
corroboram a luta de consciência que experimentava por causa do sentimento de
culpa. Seu reconhecimento sobre os méritos de Cristo, como causa única de
perdão, o levam a contrariar as propostas do papado, de salvação mediante a
venda de indulgências. Dessa maneira, Lutero torna-se o líder de multidões,
enfrentando com coragem as pressões políticas da autoridade Real e da Igreja;
apesar da fisionomia calma, quase impassível, que mostra em todo momento o ator
que o representa.
Esses fatos, encenados dessa maneira,
parecem confirmar o propósito dos idealizadores - o qual está claramente
exposto no cartaz principal do filme, com os seguintes epítetos: “O Homem que
Mudou o Mundo”, e “O Homem que dividiu a Igreja”.
Ninguém duvida que Lutero tenha sido
o grande reformador da Igreja; mas, que ele e só ele tenha efetuado essa obra,
é, no mínimo, ignorar o papel desempenhado por dois movimentos que o
precederam, cuja função foi a de aplainar sua estrada de atuação. Esses dois
movimentos foram a Pré-reforma e o Humanismo.
A Pré-reforma não foi um movimento
unificado que apresentasse características típicas de uma organização social.
Foi, sim, a contribuição individual, algumas vezes o clamor de eremitas
emitindo vozes para os quatro ventos, clamando por uma nova forma de religiosidade.
A Pré-reforma foi o despertar de uma nova aurora tanto racional como religiosa
com a finalidade de tornar a Igreja uma sociedade capaz de manter comunhão com
Deus e cumprir sua missão.
Enumerar esses paladinos da nova
esperança é só uma tentativa obstinada de manter na memória alguns personagens
como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys, Arnaldo de Brescia, Pedro Valdo,
Tanquelmo, Eudo de Estela, Pedro Grossetete, Wicleff, João Hus, Savonarola -
alguns dos quais testemunharam suas aspirações com a própria vida.
Não menos relevante e oportuno, para
o processo de reforma, foi o movimento filosófico literário denominado
“Humanismo”. Embora as pretensões das principais figuras desse movimento não
tivessem o ideal de religiosidade, suas obras foram um desafio e acusação
contra o autoritarismo e corrupção do papado. Figuram entre esses autores:
Francesco Petrarca, cujas obras escritas em latim condenavam a corrupção do
clero; Giovanni Boccaccio, autor de Decamerone, obra de humorismo
anti-clerical; Tomas Morus, que deixa transparecer seus desejos de reforma com
suas obras Utopia e Restitutio Christianismi; Francesco Fillelfo, que propõe na
sua obra Theologia Platonica da Immortalitate Animorum uma nova fórmula de
salvação; Dante Alighieri, com sua Divinita Commedia, condena ao inferno vários
prelados da Igreja; Erasmo de Rotherdam, contemporâneo de Lutero, escreveu
Moriae Encomium, uma sátira contra o clero.
Entre Outros....
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