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terça-feira, 14 de julho de 2015

Sugestão de Filmes Pedagógicos..


Bullying: uma proposta pedagógica
Segue  uma relação de filmes que podem ser utilizados na escola, com a finalidade de se discutir as questões voltadas para a violência no espaço escolar e as diferenças culturais e sociais.

·              Assista ao filme antes e veja as possibilidades de adaptação ao currículo e a proposta de trabalho que você deseja realizar.
·              Elabore questões antes de passar o filme, para que os alunos já assistam ao filme com um olhar direcionado.
·              Planeje possíveis pausas durante a exibição para fazer comentários e focar a atenção nas questões que você deseja trabalhar.
·              Assista ao filme várias vezes antes de passar para a classe, buscando detalhes, cenas, diálogos que servirão para uma discussão e um debate no final da exibição.
·              É fundamental, observar a indicação da faixa etária.
·              Pare o filme e solicite que os alunos elaborem uma redação/discussão/debate sobre qual será a atitude do personagem em uma determinada cena. Depois Volte para o filme. É uma boa atividade para se trabalhar valores e crenças e como cada um de nós reagimos ou reagiríamos em determinadas situações.

1-Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial

'Como Estrelas na Terra' conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. Este filme fala sobre o modo como a arte e a educação são importantes ferramentas de estímulo ao desenvolvimento de uma pessoa quando aplicadas intencionalmente para a sua felicidade, independente do problema ou desvio que tiver.

2-Um Grande Garoto - Will Freeman (Hugh Grant) é um homem na faixa dos trinta anos metido a galã que inventa ter um filho apenas para poder ir às reuniões de pais solteiros, onde tem a oportunidade de conhecer mães também solteiras. Will sempre segue a mesma tática: vive com elas um rápido romance e quando elas começam a falar em compromisso ele acaba o namoro. Até que, em um de seus relacionamentos, Will conhece o jovem Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 12 anos que é completamente o seu oposto e tem muitos problemas em casa e na escola. Com o tempo Will e Marcus se envolvem cada vez mais, aprendendo que um pode ensinar muito ao outro.

3-Bang Bang Você Morreu - Jovens podem ser mais cruéis que todos. Naturalmente cruéis.” As Palavras de Trevor Adams, que já foi estudante exemplar, refletem suas experiências no colégio. Ele era vítima de tão traumatizante perseguição que ameaçou destruir o time de futebol da escola. Mas a salvação veio através do Sr. Duncan (Tom Cavanagh, astro da série de TV “Ed”), o professor de teatro, que ofereceu a Trevor o papel principal de sua peça, ao lado da bela Jenny Dahlquist. O Professor e a garota tentam ajudá-lo a manter-se na linha. Mas há um risco: o sombrio enredo sobre assassinos em um playground, combinado com o passado problemático de Trevor, faz com que os pais tentem vetar a peça. Se eles conseguirem é possível que a voz de Trevor jamais seja ouvida e isso pode detonar uma bomba-relógio humana.

4-Mary e Max – Uma Amizade Diferente - Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette), uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz (voz de Philip Seymour Hoffman), um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e dois continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais.

5-Elefante - O filme narra o ataque que dois estudantes fizeram a uma escola secundária do Oregon, matando dezenas de alunos, com um arsenal de armas automáticas. A questão do bullying é tratada como um detalhe pequeno, mas está lá. concentra-se no ato final, de vingança fria e desapaixonada. O título refere-se à facilidade de ignorar um 'elefante' simbólico na sala, apesar do seu tamanho, mas que está sempre prestes a se mover.

6-Evil, Raízes do Mal - Um rapaz atormentado de 16 anos, tratado com violência pelo padrasto, também trata seus colegas de escola com violência e acaba expulso da escola pública. é mandado a uma prestigiada escola privada, onde sabe que terá uma última oportunidade de regeneração. lá chegando tem que se confrontar com os códigos e humilhações dos estudantes veteranos, arriscando sua expulsão ou submetendo-se. um olhar diferente, neste filme sueco, que chegou a ser indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 2004.

7-Bully - Nick Stahl - excelente - é o riquinho valentão, que vive abusando fisicamente dos colegas. até que seu melhor amigo - o já falecido Brad Renfro - decide vingar-se dele junto com a namorada, atraindo-o para o pântano e espancando-o até a morte. alguns dos garotos tentam tomar o lugar dele, enquanto a comunidade se divide entre condenar e reconhecer que ele teve o que merecia. o diretor Larry Clark especializou-se em retratar o ócio e a banalidade da violência na juventude americana. um filme chocante.

8- Deixe Ela Entrar - Um garoto frágil de 12 anos é constantemente abusado pelos colegas e sonha com uma vingança. Quando ele conhece sua vizinha, uma vampira que aparenta ter a sua idade, com quem irá envolver-se e que vai defendê-la dos ataques.

9-Entre os Muros da Escola - (França 2008 - Palma de Ouro em Cannes, este drama mostra bem o choque de culturas que se formou na França, a partir dos conflitos entre alunos e também um professor bem intencionado. brilhante)

10-Pro Dia Nascer Feliz - Documentário que mostra diferentes realidades de estudantes de classes sociais distintas de três estados do Brasil. um filme bem feito e oportuno sobre o tema.

11-Sempre Amigos - Maxwell Kane (Elden Henson) é um garoto de 14 anos que tem dificuldades de aprendizado e vive com seus avós desde que testemunhou o assassinato de sua mãe, morta pelo marido. Quando Kevin Dillon (Kieran Culkin), um garoto que sofre de uma doença que o impede de se locomover, se muda para a vizinhança eles logo se tornam grandes amigos. Juntos vivem grandes aventuras, enfrentando o preconceito das pessoas à sua volta. Título original:
Duração: 100 minutos (1 hora e 40 minutos)            /           Gênero: Drama
Direção: Peter Chelsom                /           Ano: 1998País de origem: EUA
12-O Galinho Chicken Little - Na cidade de Oakey Oaks, Chicken Little toca o sinal do colégio e manda que todos "corram por suas vidas"!. Toda a cidade fica em pânico. Por fim, todos se acalmam para perguntar ao galinho o que há de errado. Ele sofre Bullying na Escola.

13- Sonho de Gelo - Ela é diferente e ser diferente é um tema comum em filmes da Disney sobre bullying. Ela aprende a tratar os amigos, se divertir e viver para o momento. Apesar do desejo de ser uma patinadora famosa, Casey Carlyle não passa de uma garota inteligente e de poucos amigos, com uma mãe obcecada pela ideia de ver sua filha em uma grande universidade. Mas quando ela usa sua cabeça e segue seu coração, de repente se vê transformada como nunca sonhou.

14. Alem da Sala de Aula :  Aos 24 anos, uma jovem professora, mãe de dois filhos e recém formada, acaba ensinando crianças de rua em uma sala de aula improvisada num abrigo. Com o apoio de seu marido, ela vence os medos e os preconceitos para dar a estas crianças a educação que merecem. Fonte: Filmes com Legenda Baseado em fatos reais um filme tocante que sem dúvida vale a pena ver!! Elenco: Emily VanCamp, Steve Talley, Timothy Busfield, Julio Oscar Mechoso, Nicki Aycox, Kiersten Warren e Treat Williams. Gênero: Drama, Romance, Fatos Reais.

15. Escritores da Liberdade: Nas páginas de diários de alunos que vivem em meio ao caos urbano por causa da discriminação racial e pré-conceitos, uma professora idealista, Erin Gruwell (Hilary Swank) tenta mudar o ambiente na sala de aula, não ensinando somente o conteúdo de uma matéria específica, mas também tenta lecionar lições de vida a seus alunos, que aprendem com ela, como ser cidadão. Mas para concretizar seus planos, terá que revolucionar o ambiente escolar, e para isso, terá que passar por cima da burocrática e conservadora diretora da escola, Margaret Campbell (Imelda Staunton) e abrir mão de sua vida pessoal para com seu marido Scott Casey (Patrick Dempsey).

16.  O Primeiro da Classe: Em O Primeiro Da Classe desde a infância, Brad foi humilhado na escola por alunos e também por sua professora por ter Tourette; também não teve a aceitação do pai, que dizia igual a sua professora, que ele podia controlar todos os movimentos involuntários causados pela Tourette. Uma amiga da família até sugeriu que ele fosse exorcizado. Os médicos nada sabiam sobre a sua doença, até que sua mãe resolveu pesquisar e descobriu que ele sofria de Síndrome de Tourette e passou a ajudá-lo. Já adulto, Brad tentou arrumar emprego em 25 escolas: 24 o recusaram por ter essa doença, apenas uma o aceitou; esta mesma se adaptou a ele: o diretor junto com os professores lhe reservaram uma sala e uma turma de crianças do segundo ano para ele dar aula. Embora na sua turma estivesse incluído um aluno um pouco problemático chamado Thomas, as coisas iam, a princípio, bem. Mas o pai de uma garotinha que fazia parte de sua turma, resolveu tirar a filha da turma de Brad, por causa do preconceito contra a sua Tourette. Ele conheceu pela web uma moça chamada Nancy Lazarus, com quem se casou em 2006, que tinha quase todos os mesmos gostos que ele. Depois recebeu a aceitação do pai, que sabendo por ele que não haviam estantes novas na biblioteca da escola, construiu-as e as mandou para a escola.

17. Professora Sem Classe: Elizabeth Halsey (Cameron Diaz) trabalha como professora, mas não vê a hora de deixar a função. Seus planos vão por água abaixo quando seu noivo termina o relacionamento, acusando-a de gastar demais. Como resultado, ela é obrigada a voltar à escola em que trabalhava para um novo ano letivo. Elizabeth não está interessada em ensinar os alunos e pouco se importa com as tentativas de integrar os professores capitaneada pelo diretor Wally (John Michael Higgins) e a professora Amy (Lucy Punch). Ela sonha em encontrar um homem que a sustente e, para tanto, decide fazer uma operação para aumentar os seios, por acreditar que, desta forma, será mais atraente. Sem dinheiro, ela começa a dar pequenos golpes envolvendo alunos e professores, para que possa atingir sua meta.

18. Uma Professora muito maluquinha: Catharina (Paola Oliveira) foi enviada à cidade grande para estudar, quando era criança. Hoje, aos 18 anos, retornou à sua cidade natal e passou a lecionar em uma escola primária. O único problema é que sua chegada começa logo a provocar certos rebuliços na cidade porque seu comportamento totalmente diferente do tradicional, pessoal e profissionalmente falando, começa a incomodar as pessoas. Mas a cidade também recebe o padre Beto (Joaquim Lopes), discípulo de Monsenhor Félix (Chico Anysio), que também retorna e acaba sendo procurado pelas tradicionais professoras que querem derrubar a querida professorinha que conquistou o coração de sua turma com seus métodos não convencionais de ensino. Sem contar que ele desperta atração nos homens da cidade, como Mário (Max Fercondini) Carlito (Cadu Fávero) e Pedro Poeta (odrigo Pandolfo). Pressionada, Amanda encontra-se dividida entre a paixão pelo ensino e o amor proibido, que aflora em seu coração e fica cada vez mais forte.

19.  Ao Mestre com carinho: Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados, neste filme Clássico que refletiu alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Sidney Poitier tem uma de suas melhores atuações como Mark Thackeray, um engenheiro desempregado que resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End. A classe, liderada por Denham (Christian Roberts) Pamela (Judy Geeson) e Barbara (Lulu, que também canta a canção título) estão determinados a destruir Thackeray como fizeram com seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas Thackeray acostumado à hostilidade enfrenta o desafio tratando os alunos como jovens adultos que breve estarão se sustentando por conta própria. Quando recebe um convite para voltar a engenharia, Thackeray deve decidir se pretende continuar.

20. Ao mestre com carinho 2: Depois de lecionar durante 30 anos em Londres, Mark Thackeray (Sidney Poitier) se aposenta e volta para Chicago. Lá, o desafio de ensinar garotos em uma escola pequena mostra que ele não deve abrir mão de sua profissão.

21. Meu mestre , minha vida: Em Nova Jersey, uma escola com sérios problemas de violência e tráfico de drogas. Usando métodos pouco ortodoxos, algumas vezes violentos, ele transforma os alunos, inclusive conseguindo que sejam aprovados no exame do final do ano realizado pelo governo estadual. Arrogante e autoritário, o professor Joe Clark (Morgan Freeman) é convidado por seu amigo Frank Napier (Robert Guiullaume) a assumir o cargo de diretor na problemática escola em Paterson, New Jersey, de onde ele havia sido demitido. Com seus métodos nada ortodoxos, Joe se propõe a fazer uma verdadeira revolução no colégio marcado pelo consumo de drogas, disputas entre gangues e considerado o pior da região. Com isso, ele ao mesmo tempo coleciona admiradores e também muitos inimigos.


22. Desafiando Gigantes - Dos premiados produtores de “Flywheel”, este é um drama-ação sobre um treinador de futebol de uma escola secundária cristã que usa a sua fé eterna dele para combater os gigantes do medo e do fracasso. Em seis anos de treinamento, Grant Taylor nunca conduziu seu time, os Shiloh Eagles a uma temporada premiada. Depois de conviver com a notícia de que ele e a sua esposa Brooke enfrentam infertilidade, Grant descobre que um grupo de pais está tramando secretamente para despedi-lo como treinador. Devastado pelas circunstâncias, ele clama a Deus em desespero. Quando Grant recebe uma mensagem de uma visita inesperada, ele procura um propósito mais forte para o seu time de futebol. Ele ousa desafiar os jogadores para acreditar que Deus faz o impossível em campo. Quando enfrentam uma incrível desvantagem, os Shiloh Eagles têm que passar pelo seu maior teste de força e coragem. O que acontece é uma história dinâmica da briga entre fé e medo. “Facing the Giants” é uma experiência poderosa para todos os espectadores, inspirando para viver com fé, esperança e amor.
Que ele este filme não caia no esquecimento, mas que as lições e as motivações que recebemos dele sejam cultivadas em nossos corações.


Escritores da Liberdade

Quem é você? E as pessoas com as quais todo o dia interage? Com que profundidade conhece os seus colegas de trabalho? Se atua em educação, quais são as informações que possui a respeito de seus alunos? Normalmente temos apenas uma visão superficial e pouco clara da maior parte dos relacionamentos que estabelecemos ao longo de nossas existências. E será que estamos preocupados com isso?

Em se tratando de escolas, por exemplo, em muitos casos parece que o nosso único dever é o de ministrar aulas, passar conteúdos, preencher cadernetas, corrigir provas, cumprir cronogramas e planejamentos. O que não parece muito diferente daquilo que acontece em tantos outros setores produtivos da sociedade, sejam eles hospitais ou escritórios, fábricas ou lojas,...

Bater cartão, cumprir responsabilidades variadas, entregar resultados e atingir metas. Viver dentro de um sistema em que a meritocracia é o principal indicador de valor social nos distancia cada vez mais uns dos outros e, aos poucos, vai minando (a ponto de destruir em certos casos) a nossa humanidade. Devo esclarecer, dede já, que não sou contrário à produtividade, ao ganho, ao crescimento profissional e ao desenvolvimento econômico de pessoas, empresas e países.

No entanto creio que todos têm que ponderar questões e situações do mundo real que afetam a coletividade e que colocam barreiras e criam problemas a nossa existência. O debate sobre o aquecimento global, por exemplo, é um caso mais do que premente e fundamental para a existência de todas as formas de vida residentes nesse planeta. Da mesma forma, enquanto não nos preocuparmos sinceramente uns com os outros, iniciando essa ação a partir das pessoas que nos são mais próximas e presentes, como podemos imaginar que as questões globais poderão ser resolvidas?

“Escritores da Liberdade”, filme do diretor Richard LaGravenese, estrelado pela talentosa atriz Hillary Swank (duas vezes premiada com o Oscar, pelos filmes “Menina de Ouro” e “Meninos não choram”), baseado em história real, nos coloca em contato com uma experiência das mais enriquecedoras e necessárias. Sua trama gira em torno da necessidade de criarmos vínculos reais em sala de aula, conhecendo nossos alunos, despertando para suas histórias de vida, entendendo o que os motiva a ser as pessoas que são.

Emocionante relato de uma experiência bem-sucedida que ainda está em desenvolvimento, “Escritores da Liberdade” tem tudo para se tornar um novo libelo do cinema em prol da educação mais efetiva (como “Sociedade dos Poetas Mortos” ou “A corrente do Bem”), onde se respeitam alunos e professores e também em que as pessoas se percebem em suas particularidades e se permitem construir, conjuntamente, como aliados, um futuro melhor para todos. Imperdível!

Cansada do trabalho em empresas que desenvolvia até aquele momento e desiludida quanto às possibilidades de crescimento e realização pessoal naquele âmbito profissional, a jovem Erin Gruwell (Hillary Swank) resolve mudar de ares e dedicar-se à educação. Assume então uma turma de alunos problemáticos de uma escola que não está nem um pouco disposta a investir ou mesmo acreditar naqueles garotos.

A pecha de turma difícil, pouco afeita aos estudos e que vai à escola apenas para “cumprir tabela” se mostra, no começo da relação entre a nova professora e os alunos, uma realidade. O grupo, formado por jovens de diferentes origens étnicas (orientais, latinos e negros), demonstra intolerância e resistência à interação, preferindo isolar-se em guetos dentro da própria sala de aula.

A nova professora é vista por todos como representante do domínio dos brancos nos Estados Unidos. Os estudantes a entendem como responsável por fazer com que eles se sujeitem à dominação dos valores dos brancos perpetrados nas escolas. Suas iniciativas para conseguir quebrar essas barreiras aos relacionamentos dentro da sala de aula vão, uma a uma, resultando em frustrações.

Apesar de aos poucos demonstrar desânimo em relação às chances de êxito no trabalho com aquele grupo, Erin não desiste de sua empreitada. Mesmo não contando com o apoio da direção da escola e dos demais professores, ela acredita que há possibilidades reais de superar as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso, cria um projeto de leitura e escrita, iniciado com o livro O Diário de Anne Frank, em que os alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas vidas, relações, interações, idéias de mundo, leituras...

Ao criar um elo de contato com o mundo, Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que lhes permite se libertar de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Partindo do exemplo de Anne Frank, menina judia alemã, branca como a professora, que sofreu perseguições por parte dos nazistas até perder a vida durante a 2ª Guerra Mundial, Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos, independentemente da cor da pele, da origem étnica, da religião, do saldo bancário.

“Escritores da Liberdade” é uma fabulosa história de vida que nos mostra como as palavras podem emancipar as pessoas e de que forma a educação, a cultura e o conhecimento são as bases para que um mundo melhor realmente aconteça e se efetive.



Desafiando Gigantes
Quem nunca teve que enfrentar grandes desafios na vida? A diferença entre o vencedor e o perdedor pode estar em sua fonte de apoio. Em seis anos como técnico de futebol americano de uma escola, Grant Taylor não consegue levar seu time, o Shiloh Eagles, a uma temporada de vitórias. Por isso, todos começam a vê-lo como um derrotado e a direção da escola pensa em demiti-lo.

Em casa, as dificuldades também o jogam mais para o fundo do poço. A esposa quer muito ter um filho e, depois de alguns exames, o casal descobre que o problema está com ele. Como os tratamentos de fertilidade são caros, a idéia do filho é deixada de lado. Depois de tantos reveses, o pensamento de desistir de tudo lhe passa pela cabeça. Até que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé. E é na oração e na leitura da Bíblia que Taylor descobre a força da perseverança para vencer.

Depois de descobrir que a Bíblia pode ser a solução para sua vida, Taylor passa a usá-la no trabalho, contagiando os jovens que treina e promovendo mudanças na vida deles também.

A direção é de Alex Kendrick (que também é o ator principal) e a distribuidora é a Sony Pictures. Mesmo quem não entende nada de futebol americano (ou ache o esporte muito violento, como é o meu caso), pode se emocionar com essa produção que relaciona a fé em Deus às lutas e situações do dia-a-dia.

Embora certas situações e o desempenho dos atores deixem um pouco a desejar em alguns momentos, a produção tem qualidade comparável à dos típicos filmes hollywoodianos. A trilha sonora também ajuda bastante.

Dá para se promover boas discussões sobre fé prática, estudo da Bíblia, oração e testemunho.



O Náufrago
Chuck Noland (Tom Hanks) é um inspetor da Federal Express (FedEx), multinacional encarregada de enviar cargas e correspondências, que tem por função checar vários escritórios da empresa pelo planeta. Porém, em uma de suas costumeiras viagens ocorre um acidente, que o deixa preso em uma ilha completamente deserta por quatro anos. Com sua noiva (Helen Hunt) e seus amigos imaginando que ele morrera no acidente, Chuck precisa lutar para sobreviver, tanto fisicamente quanto emocionalmente, a fim de que um dia consiga retornar à civilização.


Homens de Honra
Promessas de filho para pai, persistência, honra e glória. Temas recorrentes na literatura e no cinema. De tempos em tempos, porém, alguém requenta os velhos clichês de maneira eficiente, já que uma lição de vida não faz mal a ninguém. Baseado na história real de Carl Brashear, "Homens de Honra" (EUA, 2000) mostra o velho embate entre o recruta e o oficial na Marinha, mas fica degraus acima de seus similares, em boa parte graças às interpretações na medida de Robert DeNiro e Cuba Gooding Jr.

Situada nos anos 40, a história mostra as esperanças de Carl (Gooding), filho de um lavrador humilde, em ser alguém na Marinha. Porém, ao chegar no navio, descobre que os negros são recrutados somente para trabalhar na cozinha. Banhos de mar, para os oficiais "de cor", somente às segundas-feiras. Eis que Carl, um belo dia, resolve tomar banho fora do horário determinado e mostrar aos superiores seus dotes como nadador. Após ser preso, consegue, com a ajuda do capitão Pullman (Powers Boothe), uma vaga como marinheiro salva-vidas.

Seu sonho, porém, é ser mergulhador da Marinha. Após dois anos de tentativas, consegue chegar à obscura escola de mergulho, comandada por Leslie Sunday (DeNiro). Lá, seguem-se as cenas de praxe, entre elas a que todos os outros recrutas deixam o alojamento no momento em que Carl entra. Claro que sobra para ele um amigo, o tímido e gago Snowhill (Michael Rapaport). Não há dúvida de que o filme mostra Carl como a pessoa mais perfeita e determinada do mundo, além do melhor mergulhador que a Marinha americana já teve...

Uma curiosidade no elenco é a presença de Charlize Theron, uma das jovens atrizes de maior prestígio no cinema atual. Charlize tem uma pequena participação, como a jovem esposa de Robert DeNiro. Mas suas cenas não são lá essas coisas.

Nunca se sabe, em filmes baseados em história real, o quanto há de verdade. Mas o preconceito não é atenuado pelo diretor George Tillman Jr., que, aliás, também é negro. Este é o segundo filme do cineasta, que estreou com o igualmente melodramático "Sempre aos Domingos", que enfoca a tradição do almoço dominical de uma família afro-americana.

Apesar de "formulaico" e longo demais, o roteiro acerta em cheio no desfecho, que, claro, ocorre em um tribunal militar. Após perder uma perna em acidente, Carl é obrigado a andar com uma roupa de mergulho com mais de 100 quilos para provar que ainda é capaz de continuar na profissão. E você pensava que sua vida era um calvário...


"Meu Nome é Rádio": as várias faces do preconceito
Apesar de afirmarmos que respeitamos as diferenças e não somos preconceituosos, a questão da discriminação e da intolerância mútua é uma realidade em nosso mundo e em nosso país também. Infelizmente, os discursos de igualdade não passam de mera falácia. É por isso que o filme "Meu Nome é Rádio" (2003, direção de Michael Tollin) não perde a atualidade e aborda a questão do preconceito em relação a pessoas portadoras de necessidades especiais e que apresentam maneiras diferentes de aprendizagem.

Além de uma bela atuação de Cuba Gooding Jr, a trama expõe o lado discriminador de todos nós. A abordagem ocorre em torno da incapacidade humana de compreender o seu próximo, respeitá-lo e verdadeiramente apoiá-lo para que consiga ter uma convivência saudável com aqueles que o rodeiam. Recheado de cenas emocionantes e sem a violência barata e banal que permeia a maioria dos filmes cuja temática é o preconceito, "Meu Nome é Rádio" é baseado em uma história real. Traz à tela a história de personagens de "carne e osso" que viveram na pele as várias faces do preconceito em uma sociedade que teima em se diferenciar e não em se unir para crescer.

Lutero
"Lutero" (Alemanha, 2003), versão cinematográfica sobre a vida de Martinho Lutero, o grande reformador do século XVI, é a produção de uma associação de cunho eclesiástico, Thrivent for Luterans. Filmada em 2003, conta com a direção de Eric Till, experimentado cineasta, e a participação de grande elenco de estrelas, dentre as quais se destaca a lendária figura de Peter Ustinov, no papel de Frederico da Saxônia.

O filme em si, segundo o princípio pedagógico que sustenta a idéia de que a aprendizagem pelo ouvir aumenta em proporções maiores pelo ver, já é uma significativa contribuição ao conhecimento histórico daquela fase do Cristianismo. Nesta resenha, não se pretende estruturar uma crítica dos elementos e recursos da dramaturgia que envolvem a encenação; mas destacar alguns aspectos históricos e teológicos, que por divergência ou omissão, se prestam a tal finalidade.

** LUTERO DIVIDIU A IGREJA?

No filme, a figura de Lutero ressalta na projeção de quase todas as cenas gravadas. Começa com a decisão de se tornar monge, ao sofrer os efeitos aterradores de uma seqüência de raios a cair no campo que ele atravessava. Seu martírio, nas cenas de auto-flagelação, corroboram a luta de consciência que experimentava por causa do sentimento de culpa. Seu reconhecimento sobre os méritos de Cristo, como causa única de perdão, o levam a contrariar as propostas do papado, de salvação mediante a venda de indulgências. Dessa maneira, Lutero torna-se o líder de multidões, enfrentando com coragem as pressões políticas da autoridade Real e da Igreja; apesar da fisionomia calma, quase impassível, que mostra em todo momento o ator que o representa.

Esses fatos, encenados dessa maneira, parecem confirmar o propósito dos idealizadores - o qual está claramente exposto no cartaz principal do filme, com os seguintes epítetos: “O Homem que Mudou o Mundo”, e “O Homem que dividiu a Igreja”.

Ninguém duvida que Lutero tenha sido o grande reformador da Igreja; mas, que ele e só ele tenha efetuado essa obra, é, no mínimo, ignorar o papel desempenhado por dois movimentos que o precederam, cuja função foi a de aplainar sua estrada de atuação. Esses dois movimentos foram a Pré-reforma e o Humanismo.

A Pré-reforma não foi um movimento unificado que apresentasse características típicas de uma organização social. Foi, sim, a contribuição individual, algumas vezes o clamor de eremitas emitindo vozes para os quatro ventos, clamando por uma nova forma de religiosidade. A Pré-reforma foi o despertar de uma nova aurora tanto racional como religiosa com a finalidade de tornar a Igreja uma sociedade capaz de manter comunhão com Deus e cumprir sua missão.

Enumerar esses paladinos da nova esperança é só uma tentativa obstinada de manter na memória alguns personagens como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys, Arnaldo de Brescia, Pedro Valdo, Tanquelmo, Eudo de Estela, Pedro Grossetete, Wicleff, João Hus, Savonarola - alguns dos quais testemunharam suas aspirações com a própria vida.

Não menos relevante e oportuno, para o processo de reforma, foi o movimento filosófico literário denominado “Humanismo”. Embora as pretensões das principais figuras desse movimento não tivessem o ideal de religiosidade, suas obras foram um desafio e acusação contra o autoritarismo e corrupção do papado. Figuram entre esses autores: Francesco Petrarca, cujas obras escritas em latim condenavam a corrupção do clero; Giovanni Boccaccio, autor de Decamerone, obra de humorismo anti-clerical; Tomas Morus, que deixa transparecer seus desejos de reforma com suas obras Utopia e Restitutio Christianismi; Francesco Fillelfo, que propõe na sua obra Theologia Platonica da Immortalitate Animorum uma nova fórmula de salvação; Dante Alighieri, com sua Divinita Commedia, condena ao inferno vários prelados da Igreja; Erasmo de Rotherdam, contemporâneo de Lutero, escreveu Moriae Encomium, uma sátira contra o clero.

Entre Outros....



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