Práticas
para um bom exercício de tutoria com ênfase na interatividade entre tutor-
aluno
Conforme, José Manoel
Moran, professor da Universidade de São Paulo (USP) A educação só faz sentido se se preocupa com as pessoas como um todo, com
a sua inteligência, sensibilidade, emoção, atitudes e valores. A educação faz
sentido se for integral, integrada, abrangente
A interatividade é um dos principais fatores para um bom exercício
de tutoria.
A nobre missão de educar a distância é praticada pelos educadores
comprometidos com a ética e o amor à missão pedagógica de facilitadora da
apreensão do saber. Uma educação de qualidade realizada com amor, visa formar
profissionais qualificados.
Essa, deve objetivar clareza e ao mesmo tempo possibilitar aproximação,
calor humano e compartilhamento.
É através das interações sociais que se constrói a aprendizagem
Na EAD a relação do aluno com o tutor é fundamental no processo de
ensino-aprendizagem, já que esse tutor pode e deve acolher, acompanhar e
orientar o aluno nas diversas situações que ocorrem.
A afetividade já foi
bastante estudada e considerada como um dos fatores a ser desenvolvido nessa
relação, pois é através das interações sociais que se constrói a aprendizagem.
O professor pode ter uma postura de facilitador, estimulando o processo de
aprendizagem ou bloquear o desenvolvimento desse sujeito em construção.
Os sentimentos são um dos
elementos que constituem o ser humano, de forma que não podem ser
negligenciados e sim desenvolvidos, pois fazem parte de suas habilidades e
competências altamente valorizadas na atualidade. Nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) (Brasil, 1997), consta que uma educação de qualidade deve
desenvolver as capacidades inter-relacionais, cognitivas, afetivas, éticas e
estéticas, visando a construção do cidadão em todos os seus direitos e deveres.
Importantes teóricos da
Psicologia e Educação, a exemplo de Vygotsky, Wallon, Piaget, entre outros,
produziram conhecimentos relevantes acerca da afetividade como parte integrante
na constituição do sujeito.
Wallon (1995),
desenvolveu seus estudos sobre afetividade em uma teoria baseada numa perspectiva
histórico-cultural, afirmando em sua teoria da Psicogênese da Pessoa Completa,
que a dimensão afetiva, ao longo de todo o desenvolvimento do indivíduo, tem um
papel fundamental para a construção da pessoa e do conhecimento.
Crianças severamente
punidas na infância exibem comportamentos desajustados com os padrões sociais
da nossa sociedade e têm mais probabilidade de se tornarem adultos e aprendizes
não-qualificados. No entanto, indivíduos que recebam recompensas adequadas
passarão a exibir comportamentos sociais mais ajustados e terão melhores
qualificações ligadas ao processo de aprendizagem.
Por esta visão, cabe ao
tutor promover recompensas positivas aos seus aprendizes. É incontestável a
alegria de uma criança ou adulto ao receber publicamente do mestre, um elogio
sincero pelo trabalho entregue no prazo, pela avaliação acima da média ou mesmo
pelo simples esforço e dedicação aos estudos. Tal recompensa propiciará o
reforço da autoestima, encaminhando o aprendiz na direção da sua autonomia, que
no entender de Piaget, significa estar apto a cooperativamente construir o
sistema de regras morais e operatórias necessárias à manutenção de relações
permeadas pelo respeito mútuo. Ele também caracterizava autonomia “como a
capacidade de coordenação de diferentes perspectivas sociais com o pressuposto
do respeito recíproco". (Kesselring T. Jean Piaget. Petrópolis: Vozes,
1993:173-189).
A criança nasce sem saber
amar, portanto ela tem que aprender a amar. Quando se ama, se confia. O amor
exige disposição para ouvir, significa compartilhar experiências. É importante,
elogiar o desempenho do aprendiz, louvando sua responsabilidade, pontualidade e
desempenho.
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