Vícios de linguagem
Teoria:
Os
vícios de linguagem são desvios das normas da gramática-padrão. Geralmente,
acontecem por descuido ou até mesmo por desconhecimento. Os principais vícios
de linguagem são:
1) Cacófato: consiste em criar
um som desagradável pela união de duas ou mais palavras no enunciado da frase.
Ex.: Pagou vinte por cada.
2) Pleonasmo: trata-se da
repetição de um termo já expresso ou de uma idéia já sugerida, para fins de
clareza. Ex.: Subir pra cima.
3) Colisão: ocorre com a
repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando uma dissonância. Ex.:
Sua saia sujou.
4) Solecismo: é o erro de sintaxe quanto
à concordância, regência ou colocação pronominal, que torna a frase imprecisa
ou incompreensível. Acontece muito quando se quer levar para uma variedade de
língua a norma de outra variedade. Como a norma coloquial para a norma
exemplar. Exs.: A gente vamos. (Correto: A gente vai). Eu assisti o programa. (Correto:
Eu assisti ao programa).
5) Barbarismo: é o desvio da
norma culta no que diz respeito à grafia, à pronúncia, à semântica e à
ortografia. O uso mais comum é: gratuíto por gratuito, rúbrica por rubrica,
cidadões por cidadãos, póblema por problema, tava por estava. Ex.: Se você o
ver, diga-lhe que estou com saudades. (Correto: Se você o vir, diga-lhe que
estou com saudades).
6) Neologismo: consiste na criação de
palavras ou expressões novas na língua. Ex.: Vou deletar o arquivo que recebi.
(Correto: Vou apagar o arquivo que recebi). Nesse caso, o verbo deletar,
neologismo criado a partir da palavra inglesa delete, está sendo usado no lugar
da palavra apagar, existente na nossa língua.
Observação: O neologismo não
é considerado vício quando se cria uma palavra a fim de nomear algo para o qual
não há um vocábulo na língua. Como, por exemplo, a palavra camelódromo, que é
um lugar especial para reunir camelôs.
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